O USO DE BIOGESTORES PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTADUAL DA ZONA OESTE
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
CIÊNCIA DO AMBIENTE

RICARDO BRUNO FÉLIX
SUELEN PESTANA CARDOSO

O USO DE BIOGESTORES PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

RIO DE JANEIRO/2013

1. Introdução

No Brasil, observou-se, nos últimos anos, um crescimento da produção de proteína animal. O país apresenta uma forte indústria produtora de proteína animal, inclusive de ovos e lacticínios, em função dos fortes investimentos em organização, tecnologia e desenvolvimentos de produtos ao longo das últimas seis décadas por cooperativas e pela indústria.
A produção brasileira de carnes cresceu 55,5% entre 1995 e 2004, com uma base de referência já bastante elevada, acima de 12 milhões de toneladas/ano, alcançando 19,9 milhões de toneladas no último ano do período considerado. Em 2008, a produção de carnes de bovinos, suínos e aves foi pouco inferior à de 2004, atingindo 19,3 milhões de toneladas, aproximadamente, de acordo com dados do IBGE, ou seja, uma queda de 3,1% com relação a 2004.A grande expansão das exportações de proteína animal produzida no Brasil deve-se à conquista de mercados de países em desenvolvimento, embora o crescimento das vendas para os países desenvolvidos também tenha sido significativo.
Como contrapartida a todo este crescimento, observa-se a intensificação dos impactos ambientais, associados, por exemplo, ao aumento da emissão de metano proveniente de dejeitos da exploração pecuária. O metano está diretamente associado à intensificação do efeito estufa, apresentando um poder 21 vezes maior de aumento deste efeito se comparado com o gás carbônico. O Brasil possui cerca de 8% do rebanho mundial em termos pecuários e com isso emite cerca de 1,4 milhão de toneladas de gás metano, de acordo com Delgado e outros (1999).
Os impactos ambientais da biomassa residual podem ser observados nas águas, em escalas preocupantes pelos efeitos cumulativos das concentrações de nutrientes orgânicos,