O uso de agrotóxicos nas lavouras brasileiras
O uso de agrotóxicos nas lavouras brasileiras
O Brasil sendo um dos maiores exportadores de produtos agrícolas no mundo torna-se um objeto de estudo amplo para quem busca respostas sobre tal produção. No entanto, o que se encontra não é só o bom proveito do fértil solo brasileiro que rende milhões, mas sim um universo obscuro por trás do lucro.
O uso e o crescimento vertiginoso da produção de agrotóxicos levantam questões há anos. Somente no Brasil, são 400 tipos registrados de agrotóxicos e a venda destes aumentou 140% em 10 anos, desde 1998. Em 2008, comprovou-se que o Brasil era o país que mais utilizava e consumia agrotóxicos. 28% dos alimentos na mesa dos brasileiros são insatisfatórios para o consumo. Em uma pesquisa com 26 estados do país, revelou-se uma alarmante estatística sobre alguns produtos agrícolas e seus respectivos índices de contaminação:
Cenoura: 49,6%
Alface: 54,2%
Pepino: 57,4%
Pimentão: 91,8%
70% da mesa brasileira é composta pelos alimentos que vêm das lavouras dos pequenos agricultores. Pesticidas, germicidas e transgênicos fazem parte da lavoura dos pequenos produtores, que não enxergam outra saída para manter o lucro elevado e continuar com o plantio em sua terra. Se já não bastasse esse fator, o intervalo de tempo entre o plantio com agrotóxico em demasia e a colheita é outro agravante, pois é muito baixo para que se tenha uma alta qualidade no produto, que graças a obsessão pelo capital, necessita ser vendido rapidamente.
Agrotóxicos ilegais por lei fazem produtores perderem toda a plantação quando constatados pela ANVISA. O que é um grande prejuízo aos agricultores, mas que pode salvar a vida dos consumidores.
Mesmo com o aumento da produção de grãos em 75% na última década têm-se mais uma vez o problema do uso de agrotóxicos neste panorama. Chega-se a tal ponto que uma só pessoa consome 5,2 litros de agrotóxico por ano. O feijão, alimento tão presente na mesa das famílias brasileiras, teve