Parafrase
Voltar às origens pode nos devolver alimentação saudável
Fabíola Ortiz, em “um terço dos alimentos consumidos pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos” apresentou dados preocupantes acerca dos riscos impostos à população em decorrência dos impactos provocados pelo excesso de defensivos agrícolas utilizados no país. Fundamentada em relatórios de fontes como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), da ANVISA, do IBGE e da FAO, além da opinião de pesquisadores e de universidades, a jornalista do UOL revelou que o Brasil, na contramão dos países desenvolvidos, ocupou a posição de maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Essa situação exige, diante dos dados científicos, decisões políticas para mudar. Ortiz afirma que as plantações temporárias de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar, e permanentes, como café, cítricos, frutas e eucaliptos aumentaram vertiginosamente o uso de substâncias químicas na lavoura, nos últimos dois anos. A demanda subiu muito mais do que o percentual permitido por lei, especialmente em relação à soja, que superou os demais. Isso significa maior contaminação do meio ambiente e dos trabalhadores que aplicam herbicidas, inseticidas, fungicidas e acaricidas, como também daqueles que ingerem os alimentos com esses produtos venenosos. O quadro é ainda mais preocupante quando se trata das hortaliças que vão diretamente para a mesa do consumidor. O texto afirma que o Brasil tem colocado enorme quantidade de fungicida nas hortaliças, por hectare, muito superior ao que é permitido e também ao que é utilizada na soja. Fabíola afirma que os dados científicos evidenciam significativos riscos à saúde humana, além da degradação ambiental. Embora parte do produto seja disperso no ambiente, outra parte vai se acumulando no organismo das pessoas. Os efeitos colaterais são persistentes e lentos até provocar, em anos, doenças as mais diversas, desde câncer a distúrbios neurológicos, cujos