o uso da lingua em certo e errado
O Uso da Língua em “Certo” e “Errado”
Referência: BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico – o que é, como se faz. 15 ed. Loyola: São Paulo, 2002
Em o Preconceito Linguístico – O que é, como se faz - publicado em 1999 pela editora Loyola, Bagno traz uma discussão sobre as implicações sociais da língua. Ele já havia discutido em seu livro A língua de Eulália, Novela Sociolinguística forma preconceituosa com que a língua é tratada na escola e na sociedade e, no Preconceito Linguístico, retoma essa discussão. Nesta edição do autor (15ª) há algumas mudanças em relação à edição anterior as quais segundo ele servem para manter seu livro atualizado, sintonizado com a evolução e a maneira de ver as coisas.
Bagno dedicou-se a uma pesquisa aprofundada e refinada dos fenômenos do português falado e escrito no Brasil já que não gosta muito da ideia de noção simplista que separa o uso da língua em “certo” e “errado”. A língua é um enorme iceberg flutuando no mar do tempo, e a gramática normativa é a tentativa de descrever [pg. 09] apenas uma parcela mais visível dele, a chamada norma culta. Essa descrição, é claro, tem seu valor e seus méritos, mas é parcial (no sentido literal e figurado do termo) e não pode ser autoritariamente aplicada a todo o resto da língua — afinal, a ponta do iceberg que emerge representa apenas um quinto do seu volume total. Mas é essa aplicação autoritária, intolerante e repressiva que impera na ideologia geradora do preconceito linguístico.
O leitor é convidado a fazer um passeio pela mitologia do preconceito linguístico, com objetivo de lutar contra esse preconceito no nosso dia – a – dia, na atividade pedagógica de professores, principalmente, de professores de língua portuguesa. Para isso, Marcos Bagno desconstrói oito mitos arraigados à cultura brasileira sobre a língua do Brasil.
O primeiro mito apontado por Marcos Bagno é introduzido pelo título: “A língua