A LINGU STICA E O ENSINO DE PORTUGU S 1
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RESUMO: A LINGUÍSTICA E O ENSINO DE PORTUGUÊS 1 “Luiz Carlos Cagliari”A REALIDADE LINGUÍSTICA DA CRIANÇA
Uma criança de 7 anos que entra na escola para se alfabetizar já é capaz de entender e falar a língua portuguesa com desembaraço e precisão.
Essa criança aprendeu a falar e a entender o que lhe falam. Com 3 anos é capaz de conversar com outras crianças e com adultos, compreendendo completamente o que lhe foi dito.
Qualquer criança normal só têm dificuldades específicas de aquisição de linguagem só quando ocorrem problemas biológicos seríssimos, causados por patologias neurofisiológicas graves.
Uma criança com fome pode ter dificuldade no desempenho tarefas escolares. Mesmo assim um caminho para aprender (falar, a andar, etc), encontrar caminho para si nessa miséria e a sobreviver e a escola não deve não pode tratá-lo como um ser falido. Ela foi exposta ao mundo linguístico que a rodeia e nele traçando seu caminho.
Já com 3 anos chega ao ponto der considerada um falante nativo de uma língua. É considerada um ser falante da língua quando dispõe de um vocabulário e de regras de gramaticas, porém o pequeno vocabulário da criança de 3 anos não compromete o sistema linguístico de uma língua, mais importante que o vocabulário ou léxico é a própria estrutura gramatical da língua. Todo falante nativo usa sua língua conforme as regras próprias de seu dialeto.
Se cada um falasse como quisesse, jamais poderia existir a linguagem numa sociedade. Um dialeto não é simplesmente um uso errado do modo de falar do outro dialeto. São modos diferentes. As crianças de 3 ou 7 anos, como falantes nativos usam um dialeto que tem, além de um vocabulário, um conjunto de regras gramaticais específicas. Uma característica da fala da criança que chama a atenção do adulto é o fato de ela generalizar regras, exemplo dizer “eu fazi” em vez de “eu fiz”.
Uma criança que entra na escola pela primeira vez aos 7 anos já trilhou um longo caminho linguístico. Ela pode levar um choque, por mais que