o Tráfico dos escravos e os africanos no brasil
O tráfico de escravos para o Brasil refere-se ao período da história em que houve uma migração forçada de Africanos para o Brasil. Durou de meados do século 16 até meados do século 19. Portugueses, brasileiros, holandeses, ingleses e africanos dominaram um comércio que envolveu a movimentação de mais de 3 000 000 de pessoas. Dividiu-se em quatro fases:
- Ciclo da Guiné (século 16).
- Ciclo de Angola (século 17): trouxe aproximadamente 600 000 de congos, benguelas e ovambos.
- Ciclo da Costa da Mina, hoje chamado Ciclo de Benin e Daomé (século 18 - 1815): trouxe aproximadamente 1 300 000 iorubás, jejes, minas,hauçás, tapas e bornus.
Período de tráfico ilegal, reprimido pela Inglaterra (1815-1851)
O comércio de escravos já estava solidamente implantado no continente africano na época das Grandes Navegações europeias, já existindo durante milhares de anos. Nações africanas como os Ashanti do Gana e os Yoruba da Nigéria tinham as suas economias assentes no comércio de escravos. O tráfico e comércio de escravos eram intercontinentais, registrando-se um grande comércio de escravos europeus nos mercados Africanos já durante o Império.
Os portugueses começaram o seu contato com os mercados de escravos africanos para resgatar cativos civis e militares desde o tempo da Reconquista. Nesta época, o Alfaqueque era a pessoa que tinha, por missão, tratar do resgate de cativos. Quando Catarina de Áustria autoriza o tráfico de escravos para o Brasil, o comércio de escravos oriundos da África, que antes era dominado pelos africanos, passa a ser também dominado por europeus.
As listas dos resgates de cativos escravizados e libertados durante o reinado de dom João V revelam que até brasileiros chegaram a ser capturados e vendidos no mercado Africano.
Os escravos Africanos que os portugueses comerciavam, no começo, passavam por Portugal, onde uma parte menor era levada principalmente por via marítima para outros países