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Filosofia é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. Ao abordar esses problemas, a filosofia se distingue da mitologia e da religião por sua ênfase em argumentos racionais; por outro lado, diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em suas investigações. Entre seus métodos, estão a argumentação lógica, a análise conceptual, as experiências de pensamento e outros métodos a priori.
Filosofia PortuguesaFilosofia Portuguesa é o termo que designa o movimento iniciado por Álvaro Ribeiro com a publicação em 1943 do opúsculo O Problema da Filosofia Portuguesa, editado por Eduardo Salgueiro, seu colega do movimento da Renovação Democrática1 . Não se trata de uma designação genérica para definir a filosofia em Portugal, mas sim de um movimento filosófico particular, com origem na denominada Escola do Porto (ou Escola Portuense) e por isso inspirado no pensamento filosófico de Leonardo Coimbra, Sampaio Bruno, Pedro de Amorim Viana, Delfim Santos, entre outros. Isto com sementes lançadas pela revista A Águia, de Teixeira de Pascoaes, e pelo movimento da Renascença Portuguesa2 .
Fortemente influenciado por Leonardo Coimbra e motivado pelo enceramento da Faculdade de Letras do Porto (1931), Álvaro Ribeiro cria em Lisboa, com José Marinho, o denominado Grupo da Filosofia Portuguesa, de que fizeram parte nomes como António Quadros, António Braz Teixeira, Afonso Botelho, Josué Pinharanda Gomes, Orlando Vitorino, António Telmo, Dalila Pereira da Costa, etc.
O encontro em redor dos mestres (Ribeiro e Marinho) deu origem a um dos períodos mais fecundos da história da filosofia em Portugal, nomeadamente no que diz respeito ao debate em torno do problema das filosofias nacionais, à reflexão profunda e antipositivista acerca do sistema educativo português, desde a escola à