O Triste Fim de Policarpo Quaresma
1381 palavras
6 páginas
O Triste Fim de Policarpo Quaresma. Policarpo Quaresma, mais conhecido como Major Quaresma, vivia no Rio de Janeiro, onde morava com sua irmã Adelaide. Era subsecretário do Arsenal de Guerra, sempre chegava em casa exatamente as quatro e quinze da tarde sem erro de nem um minuto, e era assim todos os dias há quase trinta anos. Mesmo não sendo estudado e formado, ele possuia uma biblioteca com vários e vários livros, nacionais. Ultimamente era visto entrar em sua casa, três vezes por semana, um senhor baixo, magro, pálido, que se chamava Ricardo Coração dos Outros, que vinha ensiná-lo a tocar violão, e Quaresma queria aprender a tocá-lo por ser o instrumento que a expressão da poesia nacional pedia. Major Quaresma, era um homem extremamente patriota, nacionalista, fiel e adorador do seu país. Quando moço, pelos vinte anos de idade, o amor à pátria o tomara por inteiro, e era um sentimento sério, grave e absorvente. Quaresma estudou a pátria, suas riquezas naturais, sua história, geografia, literatura e política. Nesta mesma época, há um ano, todas as manhãs, até a hora do almoço, ele estudava o tupi-guarani com insistência e paixão. Tinha como conhecidos: seu vizinho, um general chamado Albernaz, sua esposa Dona Maricota, e suas filhas Quinota, Zizi, Lalá, que mais tarde noivou com o Tenente Fontes, Vivi e Ismênia, que estava noiva e esperava ansiosamente pelo casamento, só estava esperando o noivo, Cavalcanti, terminar sua faculdade de odontologia, o qual ficava enrrolando; porém no fim, ela acabou enloquecendo e morrendo, pois seu noivo fora para o interior e nunca mais mandará notícias; Anastácio, que lhe servia a trinta anos;Vicente, seu compadre, e sua filha Olga, de quem era padrinho e tinha grande afeição. Quaresma enchia seus dias da forma que achava mais útil, de manhã lia jornais, esperando encontrar algo útil para a sua pátria, depois do almoço dava umas voltas por uma chácara onde predominavam fruteiras nacionais, e em uma hora ou menos ele