TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA
O triste fim de Policarpo Quaresma
O triste fim de Policarpo Quaresma foi escrito no formato de livro em 1916, mas fora publicado em folhetins do Jornal do Comércio entre agosto e outubro de 1911 na cidade de Todos os Santos no Rio de Janeiro. A obra se encaixa na estética Pré-Modernista por ser uma crítica à República Velha comandada por Floriano Peixoto (1891-1895) após a renúncia do Almirante Deodoro da Fonseca na Primeira Revolta da Armada. A obra é dividida em 3 partes e é narrada em terceira pessoa. Descreve o a visão de um patriota nacionalista e idealista, o famoso Major Policarpo Quaresma, incompreendido muitas vezes e considerado louco e pedante por ser um amante dos livros. O major trabalhava no Arsenal de Guerra com subsecretário e morava com a irmã Adelaide.
Na primeira parte, o Major é apresentado como um homem regrado de nacionalismo exacerbado, apaixonado pela cultura brasileira. Chega a estudar violão, instrumento musical marginalizado por ser tocado pelos seresteiros da época e o seu professor é Ricardo Coração dos Outros, cantor de modinhas que se torna companheiro fiel do Major durante a trama. Sua fixação pela pátria brasileira é tão grande que chega a tentar reincorporar os costumes tupinambás em nossa sociedade atual, cumprimentando, por exemplo, Olga e seu compadre Coleoni ao choros e berros.
O ato mais importante nessa parte é o requerimento feito pelo Major à Câmara pedindo para trocar a língua oficial brasileira, o Português, pelo Tupi Guarani. O Ubirajara (apelido dado ao Major por ter estudado o tupiniquim), como de costume, não foi compreendido e virou motivo de chacota até mesmo para a Imprensa. Sem perceber, Policarpo escreveu um oficio em tupi o que resultou em uma suspensão de suas atividades onde trabalhava e foi internado em um hospício.
Na segunda parte, o Major, logo após sair do hospício, se muda para o campo na cidade de Curuzu e se instala no