Triste Fim De Policarpo Quaresma
PRIMEIRA PARTE
CAPITULO 01 – A LIÇÃO DE VIOLÃO
Todos os dias, a mais de trinta anos o major Policarpo Quaresma com a pontualidade de um astro celeste chegava-se em casa as quatro e quinze, ele era subsecretário do arsenal de guerra, sua rotina já era de todos conhecida que na casa do capitão Cláudio sua passagem fazia menção a hora do jantar que se achegava. Morava em casa própria e ia bem de condição, amante dos livros que não mostrava a ninguém, mas que, tornavam-se visíveis ao abrir das janelas. Ele era um patriota enérgico e conhecedor de toda fauna, flora, geografia, hidrografia e das riquezas diversas do seu venerado Brasil. Major Quaresma como era conhecido era um homem pequeno, magro e que usava pince nez. Sempre vestia-se de fraque, preto, azul, ou de cinza, de pano listrado, mas sempre de fraque e quase sempre com sua cartola. Ele morava com sua irmã Adelaide e poucas pessoas o visitavam com frequência com exceção de seu compadre e sua afilhada, mas, uma visita chamou a atenção dos moradores, três vezes por semana Ricardo coração dos outros um afamado cantor e compositor de modinhas ia a casa do Major lhe ensinar a tocar violão, e em uma dessas visitas Ismênia, a pedido de seu pai o general Albernaz, o convidou para ir tocar suas modinhas em sua residência. E para lá foram.
CAPITULO 02 – REFORMAS RADICAIS
O major quaresma empolgou-se com a ideia de mais alguém se interessar pelas festas e folclore legitimamente nacionais e ficou ainda mais feliz quando o general sugeriu que se fizesse uma festança à moda do norte para comemorar o aniversário de sua praça. Percebendo que desconheciam as músicas e cantigas os dois foram a procura da tia Maria Rita, uma preta velha que morava em Benfica, antiga lavadeira da família Albernaz. Ao chegar na casa dela o general lhe pediu que ensinasse a eles umas cantigas, mas, para a tristeza deles ela já não se lembrava de nenhuma cantiga, a não ser a infantil Bicho Tutu, o que