O triste fim da area de oem

O Triste Fim da Área de O&M – I
Miguel P. Caldas

De algumas décadas pra cá, a função de Organização e Métodos mudou muito, podendo ser considerada uma referência bastante significativa. No início, aproximadamente nos anos 70, 80, ela não passava de uma função de vez em quando solicitada nas empresas, mas já na década de 90 foi criada e desenvolvida uma carreira de O&M no Brasil. Entretanto, no ano de 1999, quando este artigo foi publicado, o O&M curiosamente não era mais tão encontrado nas organizações, talvez como consequência das inúmeras transformações pelas quais estas vêm passando. Embora não tenha sido encontrado nenhum estudo anterior que pudesse justificar este fato, o que se pode afirmar é que sua função, em si, não mudou e ainda é de suma importância na formação administrativa. Hipóteses formuladas no presente estudo do assunto propuseram que o O&M teria desaparecido, embora não homogeneamente e aliado a outros fatores, por não ter conseguido adaptar-se às transformações pelas quais as empresas passaram nos últimos anos. Além disso, segundo o artigo, quanto mais regulamentado o setor, mais empresas mantiveram ou aumentaram a importância do O&M, e que a sua existência ou preservação deve ser negativamente relacionada ao nível de competitividade do setor de atividade da empresa. Ao se realizar uma pesquisa por meio de um levantamento em mais de 60 organizações, os dados obtidos corroboraram totalmente tais hipóteses, e parcialmente a de que tais alterações no O&M deveriam estar relacionadas à adoção, pelas empresas, de programas de mudança. Segundo a interpretação do autor sobre a pesquisa, seria possível que tais programas tivessem influência na mudança de O&M, mas que essa influência não fosse direta ou que não fosse facilmente perceptível aos entrevistados. Com todos os dados encontrados, foi possível concluir que não somente um, mas a existência de vários fatores combinados ocasionou a transformação da função