o trabalho é muito massa
Alexandre Marinho§
Simone de Souza Cardoso¤
Resumo
Avaliamos os tempos de espera no Sistema Único de Saúde Brasileiro – SUS, para as internações relacionadas com o capítulo XV (gravidez, parto e puerpério) da CID-10 para os anos de 1999 e 2002. Primeiramente, estimamos os tempos de espera para atendimento com o auxílio de modelos de teoria das filas. Os tempos de espera são longos e elásticos em relação às taxas de chegada e às taxas de atendimento no SUS, e variam muito entre municípios e entre Estados. A seguir, estimamos, em modelos econométricos do tipo multinível, que o baixo peso ao nascer, as cesarianas, a taxa de fertilidade, o IDH e a importação de pacientes não residentes são positivamente correlacionados com os tempos de espera nas filas. Os exames do tipo pré-natal, a quantidade de enfermeiros e o gasto total per capita em saúde são negativamente correlacionados com esses tempos de espera.
Palavras-chave: gravidez, parto e puerpério, filas de espera, Sistema Único de Saúde – SUS.
Abstract
We study the waiting times for pregnancy, childbirth and puerperal care in the years of 1999 and 2002 within the Brazilian National Health System - SUS. The average waiting times were estimated by queueing theory models, and they were found to be very long and highly elastic, with respect to arrival and service rates in the system. The waiting times also presented great variability across municipalities and across states. By using multilevel regression models we estimate that the frequency of low birthweight; the cesarian section rates; the total fertility rate; the Human Development Index – IDH; and the proportion of non-resident cases treated are positively associated with waiting times. On the contrary, the utilization of prenatal care; the rates of nurses with higher level of education available; and the per capita total