O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS EMPRESAS CAPITALISTAS
Este período tem sido marcado pelas privatizações e fusões de empresas, por novas formas de produzir mercadorias, por exigências de produtividade e rentabilidade que reduzem os postos de trabalho e implicam a adoção de padrões mais rígidos de controle do desempenho do trabalhador. As terceirizações, a precarização, a flexibilização do trabalho e consequente desregulamentação das leis trabalhistas são características de um movimento mais geral da economia mundial que redirecionam as estratégias empresariais no sentido de criar uma cultura do trabalho adequada aos requerimentos de produtividade, competitividade e maior lucratividade.
Para isso, o empresariado necessitou engendrar mecanismos sociopolíticos junto aos trabalhadores para dar legitimidade a tais mudanças, moldando, assim, novas formas de gestão e de relações de trabalho, fundadas no participacionismo e na colaboração dos trabalhadores com a gestão empresarial. Exemplo disso são os círculos de controle de qualidade, dos quais os assistentes sociais foram partícipes ativos, no sentindo da sua organização, mobilização, capacitação e acompanhamento.
Sob essa ótica, a atuação do assistente social nas empresas capitalistas também é objeto de novas exigências e qualificações e assume, nesses espaços, uma configuração e um estatuto bastante distintos daqueles expressos nas ações problematizadoras do projeto profissional dos anos de 1980.
O processo de reestruturação produtiva inflexiona as