O trabalho do Assistente social nas Empresas Capitalistas
Desde a década de 80, as empresas capitalistas no Brasil têm sofrido grandes alterações, seja nas formas de intervenção estatal que justamente dá suporte para tais mudanças, seja na organização da produção e nos processos de trabalho. Mudanças estas que foram determinadas pela nova dinâmica da acumulação capitalista: competitividade e globalização. E foram potencializadas pela adoção de novas tecnologias, que gerou inovações organizacionais e modificaram as condições de inserção no mercado de trabalho e contestam os mecanismos de proteção social.
Ao longo dos anos 2000, as empresas deram ênfase às múltiplas competências, a qualificação dos trabalhadores, a adaptação da força de trabalho as grandes alterações realizadas, a colaboração e o envolvimento nos objetivos das empresas. Este período é marcado pelas privatizações, fusões empresariais, pelas terceirizações, pela precarização, pela flexibilidade do trabalho, ou seja, por mais exigências nas empresas visando à competitividade, produtividade e lucro. Portanto, implicando na adoção de padrões mais rígidos sob o trabalhador e consequentemente à desregulamentação das leis trabalhistas. De modo semelhante, as corporações empresariais passam a difundir a retórica da “responsabilidade social corporativa” ligada a ideia de um “compromisso ético” com o “desenvolvimento sustentável”. Conversam sobre a “ineficiência” do Estado em relação à solução dos “problemas sociais” do país e defendem a substituição dos sistemas de proteção pelas ações focalizadas na pobreza.
A partir disso, surge um conjunto diverso de trabalho para os assistentes sociais nas empresas, como: gestão de RH, desenvolvimento de equipes, qualidade de vida no trabalho, certificação social, entre outros. Sendo assim, pode-se dizer que essas frentes de trabalho estão relacionadas com os processos macrossociais contemporâneos que incidem na vida social e inflexionam as práticas sociais, nas