O teste exato de Fisher
O teste exato de Fisher serve para testar a hipótese de que duas variáveis apresentadas em uma tabela 2 X 2, estão associadas. Você pode, então, perguntar: mas, para isso já não existe o teste de X²? Lembre-se de que esse teste não se aplica a determinadas situações. O estatístico Ronald A. Fisher então propôs que, nessas situações, fosse aplicado o teste que, hoje, leva seu nome. Mas você ainda pode perguntar: por que não se faz, sempre, o teste exato de Fisher? Os cálculos, necessários para se proceder a esse teste, são muitos complicados. Isso não seria obstáculo hoje, diante dos modernos computadores. Mas existe outro problema o teste de Fisher é exato quando as frequências marginais (os totais de linhas e colunas) forem fixadas antes de se proceder à amostragem, o que, na prática, não acontece. Para o teste de Fisher é necessário considerar:
1. Se n > 40, faça o teste de x²;
2. Se 20 ≤ n ≤ 40 e todas as frequências esperadas são maiores do que 5, faça o teste de x²;
3. Se 20 ≤ n ≤ 40 e a menor frequência esperada é menor do que 5, você pode fazer o teste exato de Fisher;
4. Se n < 20, o mais prudente é não usar os dados para inferência, porque, nesses casos, qualquer teste tem pouco poder.
COMO SE FAZ?
Para esse teste vamos estudar o procedimento usando um exemplo. Imagine que foram divididos aleatoriamente em dois grupos 16 pacientes com queixa de enxaqueca: um grupo foi tratado com a droga em teste (grupo experimental) e o outro foi tratado com placebo (grupo controle). Depois de duas horas, o pesquisador contou quantos pacientes relatava alivio de dor, nos dois grupos. Os resultados estão na Tabela 1.
Tabela 1.
Pacientes com queixa de enxaqueca classificados segundo o grupo e o relato de alívio ou não da dor.
Grupo
Alivio de dor
Total
Sim
Não
Controle
3
3
6
Experimental
7
3
10
Total
10
6
16
O pesquisador quer aplicar um teste estatístico para saber se a proporção de