O terceiro setor
Surgido no Brasil há aproximadamente três décadas, o terceiro setor é o conjunto formado por sociedades privadas ou associações, sem fins lucrativos e não governamentais, mantidas com doações de empresas privadas, pessoas físicas e por repasses públicos, criadas com o objetivo de prestar serviços que melhorem a qualidade de vida da população carente. Formada por ONG’s, associações, fundações, institutos, atuam atendendo demandas sociais que o Estado, por incapacidade financeira, não consegue atender. Com o surgimento, a partir dos anos 90, de conceitos relacionados à responsabilidade social das empresas e ao fortalecimento do senso de cidadania, o terceiro setor começa a desfrutar de uma forte expansão.
As palavras parceria, cidadania, responsabilidade social começam a ganhar uma nova dimensão, ou seja, despontam em seu sentido mais amplo, entre os setores privado e público. Dessa forma, “a colaboração entre esses setores por meio de ações em parceria estabelece um novo espaço de pensar e agir às questões sociais. A parceria está representando a soma de esforços com o intuito de se alcançar interesses que sejam comuns. É o espaço do exercício da democracia que valoriza a co-responsabilidade dos cidadãos nos diferentes setores dos quais eles participam. Essa responsabilidade implica na alternativa de compor projetos capazes de enfrentar fatores tais como: a exclusão social, na destruição do meio ambiente, na explosão populacional, no crescimento do narcotráfico, das doenças, da pobreza, da falta de capacitação, do desemprego e permitir mobilizar recursos, meios, instrumentos e pessoas com capacidade e segurança de implementar trabalhos de interesse da humanidade.” (FERNANDES, 1994).
Nesse sentido, segundo Fábio Ribas, diretor executivo da Prattein, o crescimento do terceiro setor pode ser compreendido como um saudável movimento da cidadania em busca de novos paradigmas de desenvolvimento social.
As empresas despontam como fortes aliadas no