O Taylorismo Sob Controle: O Lugar das Novas e Velhas Tecnologias na Ordem Industrial.
O aumento na receita de empresas que oferecem serviços especializados em monitoramento eletrônico de residências e organizações que vem acontecendo nos últimos anos, justificado não só pela sensação de insegurança presente na sociedade mas também por uma maior demanda por esse tipo de serviços por parte de empresas visando a vigilância e controle dos trabalhadores. O que nos atenta para o fato de que muitos aspectos característicos da administração taylorista ainda podem ser encontrados nos dias de hoje, mesmo em organizações que se dizem adeptas a modelos mais modernos de administração, onde são valorizadas formas mais participativas de gestão onde a autonomia e participação da força de trabalho não só é permitida como também desejada.
O modelo de produção pós capitalismo concorrencial impõe ao trabalhador um ritmo acelerado de produção, o que faz com que as antigas práticas gerenciais se tornem obsoletas e ineficientes, trazendo para operários e patrões o desafio de organizar uma produção com um volume muito maior e níveis produtivos nunca vistos antes. Neste modelo de produção existe um numero muito grande de trabalhadores sob a coordenação de poucas pessoas o que torna indispensável os métodos de controle trazido com o taylorismo.
Dentro de uma ótica taylorista o principal obstáculo para um aumento progressivo e durável dos níveis de produtividade não diz respeito à tecnologia, mas sim ao modo como o trabalhador se comportava. A partir disso Taylor propõe uma série de métodos práticos que empiricamente coordenariam a maneira de um trabalhador proceder durante a execução de suas tarefas, tais procedimentos ficaram conhecidos como administração científica.
As ideias tayloristas colocaram o foco no trabalhador, voltando todas as suas atenções à parte variável do processo. Com essas observações e propostas, os gestores puderam, aos poucos acompanhar detalhadamente