Geografia das industrias
O espaço é fruto do trabalho social do homem, sendo assim tem em vista satisfazer as suas necessidades, e na medida em que estas são históricas e que a atividade que as atende cria novas necessidades, a compreensão de um espaço diferenciado se dá em função das condições materiais de produção e ao estágio do desenvolvimento das forças produtivas. O homem, no mundo de hoje, só pode ter acesso a um emprego através da venda de sua força de trabalho, ele não é, necessariamente, o dono dos instrumentos e ferramentas de trabalho. O produto do seu trabalho não lhe pertence, pertence ao dono do capital. O trabalhador por sua vez trabalha sob a atenção e ordem (direta ou indireta) do dono da fábrica, o capitalista. Isto quer dizer que o processo de trabalho se desenvolve em função de necessidade, de métodos e de finalidade alheias às do trabalhador. Portanto, tanto o processo de trabalho, quanto o produto deste são externos as do trabalhador. A atividade industrial se concentra em pontos do espaço, contudo essa pequena concentração tem o poder de articular e unificar através do mercado e da divisão espacial e internacional do trabalho, todo o mundo. Muitas teorias comprovam que a indústria tem a capacidade de articular o espaço, mas é relevante que se considere que a localização das industrias tendem a se disseminar por toda parte. A localização industrial entendida como lugar ocupado pela indústria no espaço significa um entendimento mais amplo do que a simples pontuação e o endereço das indústrias no mapa. A localização industrial se insere no processo da industrialização que determina, historicamente, o lugar a ser ocupado por cada indústria. Do ponto de vista espacial, esse lugar resulta da divisão espacial e internacional do trabalho num dado momento histórico.
1.2 Analisar as Revoluções Industriais
A primeira revolução industrial teve inicio por volta de 1760 até 1830, na Inglaterra. Depois o processo de industrialização se