Crise capitalista dos anos 70-resenha
4042 palavras
17 páginas
“O mundo atual parece, mais do que nunca, um mundo convulsionado. Profundas transformações tecnológicas revolucionam o modo de produzir nossa vida material, com enormes implicações sobre a organização da produção e do trabalho; nossos modos de vida e de organização social são violentamente modificados”. Márcia de Paula Leite. Nos últimos anos, particularmente a partir da década de 1970, o mundo passou a presenciar uma crise do sistema de produção capitalista. Após um período próspero de acumulação de capitais, o auge do fordismo e do keynesianismo das décadas de 1950 e 1960, o capital passou a dar sinais de um quadro crítico, que pode ser observado por alguns elementos como: a tendência decrescente da taxa de lucro decorrente do excesso de produção; o esgotamento do padrão de acumulação taylorista/fordista(2) de produção; a desvalorização do dólar, indicando a falência do acordo de Breeton woods; a crise do Welfare State ou do “Estado de Bem-Estar Social”; a intensificação das lutas sociais (com greves, manifestações de rua) e a crise do petróleo que foi um fator que deu forte impulso a esta crise. Esta “crise estrutural do capital” impulsionou, principalmente nos anos 1980 e 1990, uma gama de transformações sócio-históricas que afetam das mais diversas formas a estrutura social. Nestas condições o sistema capitalista vai buscar várias formas de restabelecer o padrão de acumulação. Neste sentido é que se insere a implementação de um amplo processo de reestruturação do capital, com vistas a recuperar o seu ciclo produtivo, o que afetou fortemente o mundo do trabalho, promovendo alterações importantes na forma