Engenheira Agronôma
Crise econômica: Rumo a um novo modelo de desenvolvimento
Meados de 60, o desenvolvimento fordista entra em crise. Alavancas macroeconômicas que seguram o crescimento se revelam obstáculo à acumulação capitalista. Com isso, o fordismo começa a perder a eficácia e o sistema de produção torna-se abalado. A adoção das estratégias pelos dirigentes capitalistas não impediu o agravamento dos problemas estruturais de lucratividade, nem a perda de eficácia do complexo modo de regulação fordista. O capital, cujo principal objetivo seja a restauração do lucro, questiona o “compromisso” da regulação salarial num esforço para tornar concorrencial o conjunto dos componentes da relação salarial fordista. A partir desta dúvida primordial, opera-se no sistema fordista uma ruptura na qual o capital aposta sua “salvação” (modalidade de aprofundamento das relações capitalistas), mas não de um lento refluxo de exploração da força de trabalho pelo capital mas, ao contrário um momento de reexame de compromisso da relação salarial fordista e da busca de novas fontes de produtividade com a complexificação da concorrência capitalista e uma nova configuração internacional da divisão do trabalho (deslocação das unidades para as zonas de baixos salários onde o processo de trabalho é mais flexível sob uma lógica de economizar ao máximo os custos de produção). O aumento das marginalizações sociais que acompanham o desdobramento dessas estratégias é um índice de se avaliar o seu impacto sociopolítico.
As estratégias de reestruturação
As estratégias de reestruturação coletadas com a finalidade de desfazer as contradições à acumulação capitalista pode-se resumir na luta contra a rigidez. De um lado, trata-se de desvalorizar a força de trabalho (desindexação e regulação concorrencial da formação dos salários) e de outro, utilizar-se da automação como suporte a fim de remodelar a organização do trabalho, os processos de