PROJETO INTEGRADOR :REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E SEUS IMPACTOS NA SOCIEDADE
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E TECNOLOGIA DA
PRODUÇÃO E SEUS IMPACTOS NA QUALIFICAÇÃO DA FORÇA DE
TRABALHO
RESUMO
Este artigo aborda um estudo teórico sobre capitalismo, organização do trabalho e tecnologia da produção e seus impactos na qualificação da força de trabalho. Para tanto, a metodologia utilizada foi de caráter exploratório, efetuando uma revisão de literatura sobre os temas e um confronto teórico entre as possibilidades compreensivas dos processos históricos. Constatou-se como considerações que há uma relação entre avanço tecnológico industrial
(automação e robótica) e qualificação (conhecimentos técnicos específicos) para o posto de trabalho e que estão estritamente ligadas à dinâmica do gerenciamento e controle pelo capital.
PALAVRAS-CHAVE: Capitalismo - Qualificação profissional – Tecnologia industrial. 1 INTRODUÇÃO
Na lógica de produzir mercadorias, o capital busca intensificar a produtividade do trabalhador. Essa intensificação consiste na redução do tempo de trabalho necessário e prolongamento do tempo de trabalho não pago, em que o trabalhador continua a produzir (MARX, 1982).
Na fábrica, a divisão do trabalho em tarefas cada vez menores exige do trabalhador especialidade, domínio específico sobre determinada atividade.
O trabalho, dividido em parcelas cada vez menores, implica na desqualificação do trabalhador. A parcelarização do trabalho corresponde à pulverização do saber científico e técnico do trabalhador.
A especialização e a fragmentação laborais foram intensificadas na vigência da organização do trabalho de base fordista-taylorista, predominante ao longo de quase todo o século XX, pois a extração e o fracionamento do saber do trabalhador conheceram a sua forma mais aperfeiçoada com a gerência científica desenvolvida por Taylor (1970), e o fracionamento na execução do trabalho tornou-se rotina com o modelo organizacional