o século dos cirurgiôes
Sr. Fábio, 55 anos, casado com Judite, 46, 5 filhos (4 filhos homens e 1 mulher chamada Maria Clara que se encontra gestante com 30 semanas de gestação e ainda não realizou nenhum pré-natal). Fábio é trabalhador rural residente no povoado Baixão de Paripiranga/BA.
Fábio é lavrador de milho, de feijão, de abobora no povoado. Trabalha até 10 horas por dia na lavoura. Nunca foi ao médico para fazer qualquer tipo de check-up, sempre a ACS do povoado passa e Judite sempre tem alguma coisa para marcar. Embora Judite insista que tem que fazer uma consulta, Fábio sempre diz: “oxe... mulher está tudo bem... não quero nada... esse negócio de ir ao médico é complicado, agente sai com um monte de doença...”.
Embora isso, Judite comenta com a ACS que se preocupa muito com Fábio, pois a ultima vez que foi ao médico foi quando quebrou a perna. Ele é tabagista e consome cigarro de palha, aproximadamente 45 cigarros/dia desde os 13 anos de idade e por isso tem uma tosse que não acaba nunca. Além disso, tem observado que ele tem apresentado um cansaço estranho ultimamente, de forma que tem que se levantar às vezes a noite para conseguir dormir e as pernas inchadas. Fábio tem bronquite que sempre ataca e eu fico para morrer de preocupação, mas toma uns chás que melhora. Só que agora essas crises estão ficando frequentes. A ACS responde: “olha vou dialogar com a enfermeira na possibilidade de vir fazer uma visita...”. Judite fica agradecida.
Numa manhã Judite é surpreendida com as pessoas que trabalham com Fábio ajudando-o a caminhar. Ele estava pálido, tossindo muito, não aguentava ficar de pé reclamando de muito frio e com palpitações, com lábios e mãos arroxeadas.
Os homens chamam um compadre que tem um carro para leva-lo à Paripiranga/BA. Na admissão, o médico faz a avaliação e já percebe que o hospital da cidade não tem condições de prosseguir o atendimento, então o referencia ao Hospital Regional de Lagarto/SE.
Na admissão, na clínica médica a