o SURDO E O PROCESSO EDUCACIONAL
Na atualidade não é possível pensar em educação sem levar em conta a questão dos surdos, eles possuem seu direito de participação plena e efetiva nas escolas e sociedade em geral.
Descreveremos um pouco da história escolar de uma menina surda, que chamaremos de Paula, que frequenta a turma do 1º ano do ensino fundamental na Escola Teixeira de Freitas. A descoberta de que Paula era surda deu-se quando a mesma tinha 2 anos e 8 meses e frequentava a creche do município, chamando a atenção dos pais e professores pois, Paula não falava. Desta forma, foi encaminhada aos médicos e diagnosticou-se surdez profunda. Segundo os pais este foi um momento muito doloroso para a aceitação por parte da família.
Paula iniciou sua aprendizagem na escola Teixeira de Freitas, sendo auxiliada pelo professor interprete que trabalha em conjunto com o professor titular, visando à interação e aprendizagem da criança.
Segundo o caderno pedagógico p.90, na questão educacional, as questões do ato tradutório interpretativo na sala de aula devem ocorrer o entrosamento entre interprete e professor, conforme ressalta Masutti; Lima da Silva (2011, p 16),
O interprete que atua em sala de aula precisa se imbuir além dos princípios tradutórios, dos mesmos critérios pedagógicos adotados pelo professor em sua intermediação pedagógica para que haja uma aliança em relação aos objetivos a serem alcançados.
Salientamos também que, a Secretaria de Educação do município capacitou toda a comunidade escolar desde professores, auxiliares, diretores, merendeiras, oferecendo curso de libras. O curso foi estendido aos familiares e pessoas próximas a Paula e a pessoas interessadas, atribuindo o que diz o decreto nº 5.626/05 no seu artigo 14, o capítulo IV, inciso II: Ofertar, obrigatoriamente desde a educação infantil o ensino de libras e também da língua portuguesa, como segunda língua para os alunos surdos; assim como no inciso V: Apoiar, na comunidade