O suicidio - durkheim
Durkheim conceitua como suicídio todo o ato consciente tomado pelo indivíduo em relação a si mesmo, cujo objetivo seja a própria morte.
A preocupação de Durkheim é provar que o suicídio é um fato social.
O suicídio egoísta é aquele que decorre da individualização desmesurada. Os indivíduos deixados a si mesmo tem desejos infinitos só atingem o equilíbrio através de uma força moral, logo homens e mulheres estão mais propensos ao suicídio quando menos integrados a sociedade.
Analisando o suicídio egoísta através da correlação entre as taxas de mortalidade suicídio e contextos integradores como a família e a religião Durkheim observa que a taxa não é freqüente entre velhos e excepcional entre as crianças, pois nas crianças a sociedade está ausente e no velho ela começa a se retirar ou a retirar-se dele. Do mesmo modo que a mulher é menos propensa ao suicídio por viver mais fora da vida comum que o homem.
Contrariamente ao suicídio egoísta, o suicídio altruísta ocorre porque o indivíduo está fortemente ligado ao grupo a tal ponto de se confundir com ele, desprezando sua individualidade e o direito a vida em função do grupo.
Nas sociedades primitivas praticamente inexistia o suicídio egoísta, entretanto o suicídio altruísta era freqüente tal a coesão da sociedade. Entre os principais tipos: o suicídio cometido por homens que chegaram ao limiar da velhice ou foram atingidos por doenças (suicídio altruísta facultativo), o suicídio cometido por mulheres que perderam os maridos (suicídio altruísta obrigatório), fiéis ou servidores pela morte de seus chefes (suicídio altruísta agudo onde se insere o suicídio mítico).
Nesses casos o homem se acha no dever de fazê-lo, pois senão será punido com a desonra ou por castigos religiosos.
No suicídio egoísta a sociedade envolve o homem numa linguagem que o desliga da existência, no suicídio altruísta prescreve formalmente a abandoná-la.
O suicídio anômico ocorre devido à insatisfação das condições de vida,