O Sorriso De Monalisa
O filme conta a história da professora Katherine Watson (Julia Roberts), que leciona História da Arte em uma escola das mais tradicionais dos Estados Unidos. Naquela época, tanto na vida cotidiana quanto na Arte, os preceitos tradicionais regulavam toda a sociedade, onde as mulheres eram criadas para serem donas de um lar, esposas perfeitas e dedicadas. Ao chegar à escola, Katherine se depara com tal conservadorismo e, decide então, mostrar aos seus alunos que a vida e a Arte iam além do que eles até então acreditavam.
O filme gera a indagação do que seria Arte, visto que para aquelas alunas somente artistas renomados mereciam prestígio e a atenção delas. Além do que seria a Arte propriamente dita, Katherine gera outras inquietações, questionando o que faz com que uma obra seja boa ou ruim, e quem decide isto.
Uma Arte, para ser considerada como tal, basta que alguém a olhe, a entenda e a aprecie. Assim, Katherine mostra uma pintura de sua autoria na infância, que retrata uma vaca e questiona se isto seria Arte, uma vez que alguém a olhou e a admirou, no caso sua própria mãe. Neste debate constante sobre Arte, Katherine fala sobre a obra “Carcaça”, de Soutine (1925). E questiona então se algo tão grotesco, como as próprias alunas declararam, pode ser considerado Arte.
Remetendo ao nome do filme, Katherine questiona a cada garota sobre o quadro Mona Lisa (Da Vinci), o que há por trás do sorriso de Mona Lisa e, o que há por trás do sorriso de cada uma delas. Explica também que Van Gogh, quando iniciou, ninguém compreendia seus quadros pois ele pintava o que sentia, e hoje, muitos anos depois, ele é tão famoso que existem milhares de cópias de suas obras pelo mundo todo.
Em conclusão, assim na vida como na arte, fazer sempre o mesmo, seguir regras e padrões não gera mudanças. Fazer o certo, a arte certa, a escolha certa, geram um movimento de massa e não uma reprodução do que se é de verdade, do que se sente.
“Carcaça”, de Soutine