O setting terapêutico
Desde já destaca-se a importância do setting como elemento terapêutico psicanalítico, “pela criação de um novo espaço que possibilita ao paciente reproduzir, no vinculo transferencial, seus aspectos infantis e a um mesmo tempo, poder usar a sua parte adulta para ajudar o crescimento daquelas partes infantis, possivelmente frágeis e algo deamparadas.” (Zimerman, 2004 p. 67)
O setting é igual para todos os pacientes. O terapeuta deverá aceitar algumas mudanças apenas se o paciente ou a família deste apresentar algumas características “autísticas” (Zimerman, 2004). Ao mesmo tempo, não deve-se haver uma rigidez de sua parte. Mas “a vantagem de se preservar” o contrato estabelecido é que o setting se torna um subsídio da“realidade exterior”. (Zimerman, 2004)
Assim o enquadre combinado auxilia a instalação “necessária entre o eu e os outros”. (...) Possibilita desfazer a ideia que alguns pacientes têm, de que o analista está em pé de igualdade com o analisando. Essa visão ilusória de simetria, não condiz com a realidade de que o terapeuta exerce um papel diferente, possui valores diferentes, com capacidades técnicas oriunda dos seus anos de estudo, características estas, que são necessárias para a eficácia do tratamento. (Zimerman, 2004 p. 69)
Do mesmo modo que pode ocorrer um desvirtuamento do contrato devido a rigidez do terapeuta, também possível de acontecer uma permissividade, por isso é necessário a preservação do contrato. (...) É um equivoco acreditar que por sermos seres isomórficos, ou seja, iguais na nossa natureza humana, não devemos frustrar o paciente, (quando