O Senso Comum e a Ciência
As imagens mais comuns que as pessoas veem quando pensam num cientista, são as mais diversas e fora daquilo que realmente são na realidade: Gênio louco, excêntrico, distraído, que pensa o tempo todo, alguém que fala com autoridade, etc.
As imagens do cientista com seus imaculados jalecos são utilizados comercialmente para vender produtos, pois cientista tem autoridade e todos devem ouvi-lo e respeita-lo.
É necessário acabar com o mito de que o cientista é uma pessoa que pensa melhor que as outras. O fato de uma pessoa jogar xadrez não a torna mais inteligente do que as não-jogadoras.
A ciência é uma especialização, um refinamento de potenciais comuns a todos, mas pode ocorrer a hipertrofia das capacidades que todos tem. Por isso, a tendência da especialização é conhecer cada vez mais de cada vez menos.
A aprendizagem da ciência é um processo de desenvolvimento progressivo do senso comum. Sua manutenção e modificação consistem nas capacidades e habilidades já possuídas pelo aprendiz. Se entendermos como funciona o senso comum entenderemos com mais facilidade a ciência.
O senso comum e a ciência são expressões da mesmo necessidade básica, a necessidade de compreender o mundo a fim de viver melhor e sobreviver.
O senso comum e a ciência ( II )
Todo pensamento começa com um problema. O que não é problemático não é pensado. Quando tudo vai bem, a gente não pensa, mas simplesmente goza e usufrui. Por exemplo, um médico e o diagnóstico: O sintoma, sentido pelo paciente ou detectado pelos exames, é o enguiço do carro que parou de repente por um defeito qualquer, ou o crime a ser desvendado num assassinato misterioso. Mas o médico nada poderá fazer se não tiver na cabeça um plano ideal de como funciona o organismo: Há um modelo dos intestinos por trás dessa prática, ou seja qualquer prática curativa, da“cumadre” , curandeiro, ao médico “classe A”, implica o uso de modelos como pré-requisito para o