o Santos parou a Guerra
O branco da paz nunca foi tão bem representado como em 1969, pelo Santos. Naquele ano, o clube viajou pela África trazendo um momento de paz para o povo. Por conta da presença do Alvinegro no continente, duas guerras civis, e não uma, como se costuma falar, foram paralisadas. Combates no Congo e na Nigéria foram cessados durante o tempo em que a delegação santista ficou no continente, no começo de 1969.
- Em menos de 10 dias o clube interrompeu os conflitos entre República do Congo e República Demócratica do Congo e a Guerra de Biafra, na Nigéria. Não era interessante para os países terem combates enquanto o Santos estava lá e a guerra foi paralisada por alguns dias. Porém, quem viveu aquela época de perto não guarda más recordações. Pelo contrário.
– Para nós não tinha um ambiente de guerra, era estranho. Víamos um monte de guarda, o povo passando fome, mas lembro que todo mundo andava na rua com cadeira na cabeça para ir ao estádio, pois lá não cabia todo mundo na arquibancada. Era uma festa para eles aquele momento. Foi emocionante – contou o ex-jogador santista Lima, em entrevista recente.
Os combates continuaram logo após a saída do Santos do país, mas, certamente quem presenciou o espetáculo do time de branco jamais se esqueceu. O período marcava a consolidação de uma equipe nascida para o sucesso. Em três décadas, 50, 60 e 70, foram 63 títulos.
Guerra da Nigéria
Liderado por Pelé, o Peixe parou a guerra de Biafra, na Nigéria, que já durava dois anos na época. A chegada do Alvinegro Praiano trouxe um breve momento de paz para o povo da cidade de Benin.
Na ocasião, o Santos venceu a Seleção do Meio Oeste por 2 a 1, com gols de Edu e Toninho Guerreiro. A chegada do Peixe foi tão importante que o governador da região, o tenente coronel Samuel Ogbemudia, decretou feriado na parte da tarde. Ele ainda autorizou que a ponte sobre o rio que ligava Benin à cidade de Sapele tivesse a passagem liberada para que todos,