O rompimento da caixa na arquitetura moderna
Jéssica de Moraes Pereira
Universidade de Brasília – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Arquitetura e Urbanismo da Sociedade Industrial – Professor: Rodrigo Santos de Faria
RESUMO
Este artigo tem como propósito mostrar a trajetória do projeto residêncial até o “rompimento da caixa”. O trabalho investiga um conjunto de residências concebidas desde o renascimento até o século XX as quais foram selecionadas por possuírem características comuns aos seus tempos, culminandonas residências decorrentes do rompimento da composição univolumétrica iniciado a partir da arquitetura de Frank Lloyd Wright e por Mies van der Rohe. A partir do rompimento da caixa, no início do século XX, a arquitetura passou a ser produzida com uma nova classe de elementos mais genéricos e abstratos. Em meados dos anos 1920 um novo elemento de arquitetura passa a integrar a composição das formas: o plano. Este novo elemento, aliado às novas tecnologias, possibilitou que as novas construções pudessem se abrir, explodindo o cubo e compartimentando a caixa. O trabalho aborda, uma revisão da composição arquitetônica desde o renascimento até a arquitetura moderna expondo a arquitetura de Wright e Mies van der Rohe.
INTRODUÇÃO
No início do século XX começa a se esboçar uma nova arquitetura no mundo. As transformações culturais, sociais e econômicas do começo do século definiram condições para que as vanguardas adquirissem uma nova sensibilidade devido à necessidade de aceleramento e mudança, declarando oposição ao passado. Ora, a arquitetura que se defendia como original não podiam manter vínculos com a história. O comportamento de uma mudança radical definiu alterações nos mecanismos de criação da arte e da arquitetura. Era necessário criar novos elementos arquitetônicos e renovar os esquemas tradicionais. Para isso a arquitetura moderna deveria ser bela e resultante da analogia com a pintura abstrata. Esse artigo toma