O Romance Indianista
As idéias do pensador iluminista e pré-romântico Jean Jacques Rousseau. Segundo ele o homem originalmente é puro, mas é corrompido ao entrar em contato com a civilização. Portanto, Rousseau via no homem primitivo o modelo de ser humano.
No Brasil essas idéias encontraram plena aceitação entre os artistas e o publico, já que nosso índio podia ser identificado como o bom selvagemde Rousseau; por não contarmos com a riquíssima matéria aventuresca medieval do Romantismo Europeu: o cavaleiro medieval representava a figura do herói romântico, justo fiel, corajoso, forte e ético. No Brasil, o herói cavaleiro não poderia existir, pois não houve Idade Média, então, nosso índio passou a representar a pureza, a inocência do homem não corrompido pela sociedade, além de assemelhar-se aos heróis medievais. O próprio Brasil, recém-independente, passou a ser visto como uma espécie de "paraíso americano" a salvo da decadência cultural das civilizações portuguesa e europeia em geral.
José de Alencar é o nosso mais representativo autor indianista em prosa, como nos provam os dois melhores romances que escreveu:
Iracema (1865) a mais bela lenda indígena transformada em prosa tal a beleza e a plasticidade de suas imagens. O romance narra à lenda (criada pelo próprio Alencar) da origem do Ceará (Estado natural do autor), fruto do amor proibido entre o guerreiro português Martin e a virgem tabajara Iracema.
O Guarani romance histórico-indianista publicado inicialmente sob a forma de folhetim no diário do Rio de Janeiro, em 1857. E Ubirajara (1874).
Na poesia, Gonçalves Dias, um autêntico indianista pelas seguintes razões:
1ª. Pelo sangue (era filho de uma guajajara com um