Romance Indianista, Urbanista e Regionalista
Na literatura brasileira, Indianismo é o termo que faz referência à idealização do indígena, por vezes retratado como um mítico herói nacional. Foi uma das peculiaridades do Romantismo no Brasil e que também possui uma extensão, menor que seja nas artes plásticas brasileiras durante o século XIX. Enquanto no continente europeu os românticos idealizavam o cavaleiro medieval, nesta nação não restava alternativa senão divinizar o indígena, já que aqui não se vivenciou historicamente a Idade Média. O indianismo de Castro Alves traz a poesia ante-escravocrata, valorizando o cantar da natureza e o indianista. A poesia negra no Brasil, sobretudo, teve seu ápice com Cruz e Souza e Jorge de Lima. Com a obra de José de Alencar o indianismo romântico é expressão do épico associado ao lírico em dimensões míticas. Faz críticas à sociedade carioca, cidade onde cresceu, levantando os aspectos negativos e os costumes burgueses. Nessas obras, há a predominância dos personagens da alta sociedade, com a presença marcante da figura feminina. Os pobres ou escravos são reduzidos ou quase não têm papel relevante nos enredos. Já a obra de Gonçalves Dias faz referência a um caso de sentimento nativista; faz-se até sinônimo de independência em sua modalidade do indianismo romântico. O Romance Indianista, tipicamente brasileiro, foi um das principais tendências do nosso Romantismo. O prestígio do indianismo que trazia o índio e os costumes indígenas como foco literário junto ao público foi amplo e imediato. Vários fatores contribuíram para a sua implantação. Regionalista
Ao longo do século XIX, surgem escritores voltados à produção de obras saudosistas, que se propõem a realizar uma retomada romântica do Brasil dos séculos XVI, XVII e XVIII. Por conta disto, costuma-se estudar o regionalismo a partir dos romances coloniais de José de Alencar e das poesias indianistas de Gonçalves Dias, que no século XIX nascem