O ROMANCE DE 1930 – A retomada de um olhar realista Revelam, sem toda a sua magnitude, os problemas de uma região assolada sela seca. Do regionalismo romântico, vem o interesse pela relação entre os seres humanos e os espaços que eles habitam, com uma perspectiva mais determinista; Do Realismo, é recuperado o interesse em estudar as relações sociais; O romance do 30 inova ao abandonar a idealização romântica e a impessoalidade realista para apresentar uma visão crítica das relações sociais e do impacto do meio sobre o indivíduo; Os romances nesse período são chamados regionalistas ou neo-realistas pelas raízes literárias que relacionam às duas estéticas do século XIX (Romantismo/ Realismo) O novo realismo mostra o indivíduo subordinado ao espaço em que vive, muitas vezes aprisionado. O comportamento também é analisado, em uma tentativa de traçar de modo fiel o perfil social e psicológico dos habitantes de determinadas regiões brasileiras. O projeto literário foi revelar a realidade socioeconômica, o subdesenvolvimento brasileiro e a influência desta realidade na vida dos seres humanos; O enredo das obras nasce da relação entre o contexto socioeconômico e o espaço; A maioria dos escritores do período tinha conhecimento pessoal da realidade nordestina, Érico Veríssimo foi exceção; Os escritores se deslocaram do eixo Rio/São Paulo para Maceió, lá moravam José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Rachel de Queirós, isto nos ajuda entender por que o romance e 30 foi tão sólido; A convivência freqüente entre os autores propiciou um olhar semelhante para a realidade nordestina; A circulação dos romances foi favorecida pelo fortalecimento das editoras brasileiras; O público, leitores dos romances de 30 apresentavam perfil variado, e as obras desta geração foram bem recebidas como mostram os números de vendas alcançados; Os enredos