Romance de 30
Chama-se de romance de 30 ou Neorrealismo a podução ficcional brasileira de inspiração realista produzida a partir de 1928,ano de publicação de A bagaceira,de José Américo de Almeida,que inaugura o referido ciclo.
Em função do predomínio da temática rural, generalizou-se também o conceito de romance regionalista para indicar os relatos da época,apesar de alguns romances urbano fazerem parte do mesmo período.
A qualidade das obras e o surgimento de autores importantes tornam os anos de 1930 a 1945 conhecidos com a “era do romance brasileiro”.
O romance de 1930 inova ao abandonar a idealização romântica e a impessoalidade realista,para apresentar uma visão critica das relações sociais e do impacto do meio sobre o individuo. Essas raízes literárias que relacionam a ficção de 1930 às duas estéticas do século XIX fizeram com que os romances escritos nesse período fossem conhecidos como regionalistas ou neorrealistas.
Os escritores pretendiam caracterizar a vida sacrificada e desumana do sertanejo e compreender a estrutura socioeconômica que alimentava a política do coronelismo nordestino.Para eles,apontar tais problemas significava ajuddar a transformar essa realidade injusta.
PROJETO LITERÁRIO
O projeto literário do romance da geração de 1930 foi claro: revelar como uma determinada realidade socioeconômica influenciava a vida dos seres humanos.
O modo encontrado para mostrar isso foi fazer com que o enredo das obras nascesse da relação entre o contexto socioeconômico e o espaço.A maioria dos autores do período se baseou no conhecimento pessoal da realidade nordestina para desenvolver esse projeto.
OS AGENTES DO DISCURSO
O romance de 1930 teve um desenvolvimento sólido e bem sucedido porque,além de ser compartilhado pelos principais autores, também era objeto de discussão e análise constante entre eles.A convivência freqüente, a camaradagem, a troca de impressões sobre o contexto político e literário,tudo isso fez com que o olhar desses