O Renascimento Italiano

O RENASCIMENTO
ITALIANO
PETER BURKE

ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA
• Igreja também como local de sociabilidade: homens conversam sobre o comércio, sobre guerras, sobre amor;
• “Podia-se esperar encontrar na Igreja mendigos e cavalos, jogadores, professores dando aula e reuniões políticas. Os paroquianos comiam, bebiam e dançavam dentro da Igreja para celebrar as festas maiores.” (p.243)

• Igrejas como armazém de grãos ou madeira;
• Local para guardar coisas valiosas;
• O respeito ao lugar do sagrado é questionável neste cenário. A distiñção entre sagrado e profano não era tão nítida como pós Concílio de Trento, no século XVI;
• Montaigne fica surpreso, em 1580, ao ver homens de pé conversando na missa, com chapéus na cabeça e de costas para o altar.

• Ausência de distinção nítida entre o clero e os leigos: frade trabalhando como pedreiro;
• Clero não recebia educação formal até a fundação dos seminários;
• Clero não configurava um corpo homogêneo;

• Bispos: nobres. Paróquias hereditárias em determinadas famílias;

• Clero Secular: párocos. Pouco rendimento. Alguns eram também comerciantes de gado ou cavalo para complementar a renda.

• Membros de Ordens Religiosas: Monges beneditinos, franciscanos, carmelitas.

• Festas religiosas: muito significativas para os italianos. Corpus Christi é um exemplo de festa que crescia em importância no século XV;
• “a decoração tinha até uma fonte que jorrava água e vinho”;
• Peças teatrais religiosas eram elemento importante nestas festas: eram representações dentro das representações;

• “Em Roma, um Drama da Paixão era representado todos os anos no Coliseu.”;
• Açoitamento, crucificação e enforcamento de judas: representado por pessoas vivas;
• Festas dos patronos das cidades: Santo Ambrósio em Milão, São Marcos em veneza;
• Banquetes, cavalaria, touradas, caçadas...

• Organização cabia às irmandades religiosas – associações voluntárias de leigos;
• Irmandades como patronas das artes;

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
• Importância das