O Renascer de Raquel

Apenas uma garota gentil e inofensiva. Tudo o que ela esperava era uma vida calma. Tudo começou em meados de outono. Os dias eram mornos e as noites eram gélidas. O ar se enchia com o cheiro de orvalho matinal. O céu estava nublado e cinzento como sempre, sendo uma região chuvosa. Ela era filha adotiva de um casal simpático, e sequer passava pela sua cabeça o que estava por vir. Seu nome era Raquel. Ela tinha 16 anos, estava na tenra fase da adolescência. Era potencialmente esperta, e era razoavelmente bem na escola. Tocava baixo nas horas vagas, e apreciava um bom livro. Não era muito popular, sentia muita timidez com pessoas novas, mas com seus amigos era aberta e divertida. Sua vida era calma, ao menos no momento. Já havia passado por maus bocados. Sofreu na infância, pela perda dos pais em um assassinato misterioso não resolvido. Passou os 10, os 11 e os 12 na casa da avó, que a detestava e a 'corrigia' sempre que podia com uma pequena chibata. Após isso, uma denúncia anônima à levou aos pais adotivos atuais. Ela superou a depressão com a ajuda dos fiéis amigos, Christopher, Marco e Lisa. Após o desastre no avião, ela ficou sozinha novamente. Após perder as pessoas queridas de quem ela mais precisava novamente, ela e seus pais concordaram em se mudar para a atual cidade. Era pequena, simples, um pouco melancólica, mas era de certo modo agradável. E aqui estava ela, dois anos após a mudança. Seu celular a despertou do sono leve, com Two Door Cinema Club enchendo-lhe os ouvidos. Ela levantou, desligou o aparelho e grunhiu. Ninguém merece ser acordada às 5:30 da manhã. Arrastou o corpo recém-acordado para o chuveiro, e deixou a água quente lhe retirar as olheiras de uma noite de pesadelos. Após o banho, vestiu-se, secou os cabelos que se extendiam pouco abaixo dos ombros, escovou os dentes, pegou a mochila e foi andando me direção à escola. Como a cidade era pequena, a escola era à apenas 3