Maldade
Maldade. Uma palavra. Uma palavra com um significado, talvez dois. Não é uma simples palavra, comum, do dia-a-dia. Ela pode parecer normal, como qualquer outra, mas dentro dela existe um segredo. Há mais nessa palavra que os olhos possam ler. Para os olhos atentos as palavras dizem muito mais do que o seu próprio significado. E maldade, maldade, é uma palavra de extrema sabedoria. Maldade. Maldade é a qualidade daquilo que é mal. Maldade é praticar o mal com a intenção. É fazer sofrer. A palavra maldade, pra mim, é mais má que a palavra “mal”. A palavra mal não tem alma, ela tá solta. Ela é só uma opinião, um ponto de vista. Mal qualquer coisa pode ser, sem nem saber. Mais maldade não, maldade tem consciência. Maldade sabe que é má.
O mal rouba um supermercado, a padaria ou até uma pessoa, por necessidade, o mal é perdoável. O mal pode até matar uma pessoa, mas faz isso sem querer, com arrependimento depois. O mal na verdade é um medroso, o mal é mal por um tempo. O mal não escolhe ser mal, ele tá só seguindo uma tendência, quando ela passa, ele não é mal mais, puro modismo. O mal vai preso na cadeia com milhares de outros maus, cadeia comum de gente simples. Ele é ignorante e passageiro. O mal não tem consciência. O contrário da maldade. Hm, a maldade. A maldade é eterna. A maldade é o mal depois de virar adulto, é o mal consciente. A maldade sabe que é má, e esse é seu objetivo. Maldade não é só fazer, não é só ferir. Fazer maldade envolve o sofrimento, envolve brincar com a mente do adversário. A maldade invoca o medo. Vai presa em cadeia de segurança máxima cheia de psicopatas e gênios do mal. Boa. Maldade é um “mal” com gênio.
Maldade é uma tortura chinesa qualquer. A maldade mata, mas mata calmamente. E antes de começar, fala que vai matar, matar devagarzinho. A maldade tem um sabor de gosto refinado, que nem todo mundo tem paladar para saborear. Maldade pode ser alguém matando a mãe na frente dos filhos, alguém espancando um cachorro, mas