O Realismo Em Portugal
1.Contexto Histórico
Surgiu na segunda metade do século XIX, durante a ascensão da pequena burguesia junto com os ideais de liberalismo e democracia. Nessa época a população urbana crescia vertiginosamente devido à segunda revolução industrial e junto com ela vinha o proletariado e a desigualdade social. Após períodos de enorme perturbação política e social, com uma guerra civil pela sucessão do trono após a morte de D.João VI, revoltas e pronunciamentos militares, Portugal está passando por uma fase de recuperação.
2.Caracteristicas
Oposição ao idealismo romântico.
Representação mais fiel da realidade.
Críticas às instituições sociais em decadência, como o casamento.
Crítica à sociedade Portuguesa.
Denuncia à hipocrisia e a corrupção nos valores burgueses.
Influência da ciência e dos métodos experimentais.
Narrativa bem detalhada.
Personagens analisadas psicologicamente.
3.Marco Inicial
A primeira manifestação do realismo em Portugal se deu em 1865 devido à “Questão de Coimbra”. Onde jovens da universidade de Coimbra liderados por Antero de Quental discutiam a artificialidade, formalidade e aos exageros do romantismo, que era o modelo vigente até então. A discussão envolve António Feliciano de Castilho, que escreve um posfácio para o livro Poema da Mocidade de Pinheiro Chagas, onde ataca os jovens universitários e Antero de Quental que critica Castilho e defende ideias realistas no seu texto Bom senso e bom gosto. Eça de Queiroz, junto a Antero de Quental, é apontado como o autor que introduz o realismo junto ao naturalismo no país. Seus primeiros livros que implantam o realismo no país são O Crime do Padre Amaro e O Primo Basílio, que lançavam duras críticas à sociedade portuguesa.
4.Principais autores e obras do realismo português
Autores: Eça de Queiroz, Antero de Quental, Cesário Verde, Fialho de Almeida, Guerra Junqueiro, Gomes Leal.
Prosa: O Crime do Padre Amaro, O Primo Basílio, O Mandarim,A Relíquia,Os Maias, A