O Realismo em Portugal
A Questão Coimbrã A Questão Coimbrã teve início quando um poeta árcade chamado Castilho, ao escrever um posfácio elogioso ao livro Poema da Mocidade, de seu protegido Pinheiro Chagas, aproveitou para criticar um grupo de poetas de Coimbra, a quem acusou de exibicionistas e obscurantistas. São citados no posfácio os escritores Teófilo Braga e Antero de Quental, que acabara de publicar a obra Odes Modernos. A Questão Coimbrã durou todo o segundo semestre de 1865, com publicações e ataques de ambos os lados. Também participaram dela, entre outros, Teófilo Braga, Ramalho Ortigão e Pinheiro Chagas. Eça de Queirós, embora fizesse parte do grupo coimbrão, não interveio na polêmica.
As conferências do Cassino e a geração de 70 Por volta de 1870, e tendo já concluído os estudos universitários em Coimbra, o grupo de amigos se reencontrou em Lisboa e passou a travar debates acerca da renovação cultural portuguesa. A volta de Antero de Quental - que estivera na França, na América e na Ilha de São Miguel - dinamizou essas reuniões, que passaram a contar com leituras sistematizadas e a ter um