Realismo em Portugal
“O Realismo é uma reação contra o Romantismo: o Romantismo era a apoteose do sentimento; - o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos – para condenar o que houve de mal na nossa sociedade.” Eça de Queirós.
O Realismo teve início em Portugal com a Questão Coimbra. Nessa época, haviam finalmente cessado as lutas entre os liberais e as facções que representavam a velha monarquia. Consolidado o liberalismo, Portugal conheceu a partir de 1850, um período de estabilidade política, de progresso material e de intercâmbio com o resto da Europa. O importante centro cultural e universitário Coimbra da época era que ligava a comunidade européia por meio de estradas de ferro.
A Questão Coimbra
Teve inicio quanto Castilho, ao escrever um posfácio elogioso ao livro Poema da mocidade, de seu protegido Pinheiro Chagas, aproveitou para criar um grupo de poetas de Coimbra, a quem acusou de exibicionista e obscurantista.
Antero desejava modernizar o país, colocando-o ao lado das nações européias mais desenvolvidas.
A Questão Coimbra durou todo o segundo semestre de 1865, com publicações e ataques de ambos os lados.
A Produção literária
Tanto na poesia quanto na prosa o Realismo português contou com um número considerável de escritores. A poesia alcançou grande prestígio na época e se desdobrou em quatro direções:
A poesia realista propriamente dita: é representada por Antero Quental, Guerra Junqueira, Gomes Leal, Teófilo Braga, caracterizando a crítica social e o planejamento político.
A poesia do cotidiano: representada por Cesário Verde, que parcialmente ligado á poesia realista, enfocou certos aspectos até então considerados pouco poéticos, como a vida nos centros urbanos e nas áreas industriais.
A poesia metafísica: se volta para as indagações entorno da vida, a morte e Deus, é representada por Antero Quental.
A poesia parnasiana: sua preocupação central é resgatar a tradição