O real ou o ideal?

776 palavras 4 páginas
O real ou o ideal?
O ensino da Língua deve ser calcado com base em uma língua real, afinal, ensinamos Língua Portuguesa a falantes de Língua Portuguesa, que trazem consigo uma bagagem, conhecimento prévio, que já interagem e fazem parte de situações de comunicação.
De acordo com Avelar (2012, p. 04) “É importante o(a) professor(a) ter em mente que a análise dos fatos sintáticos deve ser intuitivamente transparente aos alunos...”. Cabe ao professor motivar a reflexão e análise, com base em uma língua real, da qual, eles já fazem uso, fazendo – os compreender e perpetrar tal prática. Segundo Avelar (2012, p.01) “No meio escolar, o estudo da sintaxe deve ser permeado por práticas que ajudem ao aluno a depreender os mecanismos de articulação sintagmática necessários à produção de enunciados formalmente gramaticais”.
Mas, assim como há a língua real e a idealizada, há divergência na prática, muitos professores acabam por não criar esse espaço de interação, construção, reflexão e análise. Conforme Avelar (2012, p.01) “...em vez de explorar a análise sintática para trabalhar com a interface entre gramática e sentido e/ou para motivar a elaboração de generalizações interessantes sobre o conhecimento e uso da língua, se limitam a cobrar dos alunos que decorem a nomenclatura...”. Nota – se que, muitos ainda empregam e pautam – se, apenas, nas nomenclaturas, regras e “decoreba”, em que, o alunado não se favorece de uma aprendizagem significativa, mas sim engessada e pouco clara.
Com isso, para Avelar (2012, p.03) “...dada a dificuldade em entender estruturas simples da língua, a grande maioria dos alunos desenvolve ojeriza pela análise sintática, já que não veem utilidade (para além da necessidade de fazerem uma prova) na realização dos enfadonhos exercícios a que são submetidos...”
A promoção de uma língua idealizada, que muitas vezes, foge a realidade dos alunos, é aclamada pela mídia, que vem influenciando o ensino, espera – se que haja o contato apenas com o ideal,

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