O quê você quer perguntar?

Encontrar a origem, científica e concreta da morna é bastante difícil. Não há propriamente uma tradição de documentos escritos (os que existem são recentes). Já há alguns anos se sente necessidade de um estudo mais aprofundado sobre o género musical em questão. Várias são as teorias existentes relativas à sua origem. Com algumas dessas teorias, Manuel Ferreira escreveu um livro com o nome “A Aventura Crioula”. O historial que é possível encontrar sobre a morna vem de tradição oral, sendo que se pode concluir que nasceu na ilha da Boa Vista. Tinha, antigamente, um andamento mais acelerado e a letra era menos profunda e dramática, mais debruçada sobre temas do dia-a-dia. Em tipos de actuações nocturnas, a morna é a canção favorita. É essencialmente música da noite, para se sentir com silêncio e concentração, em bares de consumo obrigatório. A realidade social do que se passa no quotidiano cabo-verdiano está, de certa forma, ilustrada na sua música e remete-nos para um retrato muito enraizado da história de vida dos cabo-verdianos, exprimindo a alegria, o amor, a dor, o sofrimento, a pobreza e a riqueza, a vida e até a morte. Assim os géneros originários de Cabo Verde representam e caracterizam bem o seu povo. A música de Cabo Verde ultrapassou as suas fronteiras, tornando-se um cartão de visita do país para o resto do mundo. Vários são os intérpretes que ajudaram nessa divulgação. Para além de um património cultural, a música de Cabo Verde é uma importante actividade económica que recolhe receitas. Os géneros tradicionais que se desenvolveram neste arquipélago constituem a maior parte da música ouvida e tocada pelos cabo-verdianos, géneros estes com origem em elementos europeus e africanos. São géneros musicais típicos e significativos de Cabo Verde a coladeira, a morna, o funaná e o batuque. Os diversos géneros são tradicionalmente cultivados nas diversas ilhas nos diversos eventos lá existentes. Existem géneros vocais e instrumentais comuns a