O quinto mandamento

Crítica do Livro: O Quinto Mandamento
Autor: Ilana Casoy

O livro Ilana Casoy é abordado de um ponto de vista mais técnico, apurado e investigativo. O próprio título “O quinto mandamento” é uma sacada da autora, a qual faz menção ao norteador “Honrar pai e mãe”. Ela inicia a trama demonstrando o lar em que vivia a filha juntamente com os seus pais, aludindo que este tipo de história é atípica à classe social em que eles viviam, haja vista ela ter estudado nos melhores ambientes, tinha provimentos financeiros, viajava pra fora do país, era bonita, culta, trilíngue e tinha todos os privilégios que alguém da sua classe social queria ter.
Parte do prólogo da autora foi de uma clareza admirável, haja vista ela ter retratado o papel de cada personagem que compôs o antes, durante e depois do crime ao citar os peritos, médicos, promotores, advogados, juiz, etc.
Pois bem, o que levaria uma pessoa sob as melhores condições financeiras e sociais a planejar a morte dos próprios pais? De onde vinha tanta frieza (algo espantoso)? Isso nunca se descobriu, o que se sabe é que Susane provavelmente tinha uma mente perversa que nunca foi observada nem pela própria mãe, e que os irmãos cravinhos contribuíram muito no desenvolvimento dessa perversidade.
O livro aborda de modo bem detalhado o dia do crime, o quão premeditado foi, tudo bem planejado e articulado por Suzane. O fato dela sair da cena da tragédia nada me espanta, pelo contrário, em nenhum momento ela esboça uma possível reação de tentar impedir o que viria a acontecer. A frieza e perversidade do casal de namorados assassinos resta demonstrada no ato de sair da casa onde ocorreram as mortes para ir direto a um motel, bem como de chamar a polícia para verificar o ocorrido na residência da família.
Algo que é válido ressaltar é a importância para um bom início investigativo de um policial preparado e experiente, pois este é que vai se deparar primeiramente com a cena do crime, o que ocorreu com Alexandre Boto, que