Fichamento - Antônio Carlos Gil
Texto: Antônio Carlos Gil (Capítulo 3 - Como construir hipóteses?)
O autor inicia seu texto revisitando o capítulo anterior da sua obra, onde detalha o início de um projeto de pesquisa, que é a construção de um problema. Logo, se vamos expor um problema, devemos também propor uma solução, que seria a hipótese. A hipótese nós entendemos como uma solução provisória para o problema, já que ela deve ser testada e, ao fim do teste, será concluída como verdadeira e falsa. É nesse ponto que, em minha opinião, devemos ter bastante cuidado. O teste deve ser feito de forma mais profissional possível, sem deixar espaços para apegos à determinadas respostas. Por mais que tenhamos iniciado a pesquisa com uma hipótese em mente como a mais provável, devemos estar preparado para que ela seja negada e tida como falsa após todos os estudos necessários, pois esta é uma possibilidade tão real quanto a confirmação da hipótese como verdadeira. É exposta no texto uma definição de pesquisa proposta por Kerlinger, que acredita que temos uma hipótese quando se afirma que variações de uma variável correspondem a variações de outra. Sendo assim, a hipótese expõe relações de influência entre variáveis, fazendo-se importante lembrar que dificilmente uma variável dependente terá apenas uma variável independente como influenciadora. O mais comum é que tenhamos diversas causas para um só efeito, especialmente no campo das ciências sociais, como coloca o próprio autor. Esses diversos fatores que juntam tornam mais provável a ocorrência de um fenômeno estabelecem relações assimétricas, que podem ser classificadas, segundo Rosenberg, em seis tipos: associação entre estímulo e resposta, entre disposição e resposta, entre propriedade e disposição, relação imanente entre duas variáveis e relação entre meios e fins. Sobre a elaboração da hipótese, é colocado no texto que ela é, essencialmente, de natureza criativa. No entanto, somos