O que é a Filosofia
Ainda na Grécia Antiga, e tentando definir melhor o sentido da Filosofia, Platão (428 a.C. – 347 a.C.) mostra que o amor (Filos) é carência, desejo de algo que não se tem. Logo, a Filosofia é carência, mas também recursos para buscar o que se precisa, e o filósofo não é aquele que possui o saber, mas sim quem busca conhecer continuamente.
Já no período Medieval, a Filosofia tornou-se investigação racional posta a serviço da fé. Isso porque com o advento do cristianismo e sua adoção pelo Império Romano, bem como com o surgimento da Igreja Católica, desenvolveu-se um modelo de saber em que a razão discursiva justificaria a compreensão dos textos sagrados.
A Filosofia é um dos campos de estudos mais antigos (pois surgiu no século VI a.C.), mas não se resume à discussão das ideias da Antiguidade. Na verdade, a filosofia está mais viva do que nunca: em nenhum tempo houve tantos filósofos produzindo Filosofia inovadora e de qualidade quanto em nossa época.
Deve haver uma boa razão para a Filosofia ser praticada ininterruptamente há vinte e cinco séculos. Nenhuma atividade humana permanece por tanto tempo, a não ser que tenha alguma utilidade na vida das pessoas.
Mas aparentemente a Filosofia não tem utilidade: com ela, não fazemos casas, barcos ou roupas; não produzimos alimentos nem remédios para o corpo; não criamos poemas, não pintamos quadros para nosso deleite.
Então, qual é a utilidade da Filosofia?
A Filosofia é útil para os que querem conhecer a si mesmos e entender de onde surgem as ideias que estão em sua mente; para os que têm interesse em questionar os fundamentos das ciências, da