O QUE É REALISMO E NEO-REALISMO

Realismo
O Realismo é uma corrente teórica que predomina na política norte-americana, desde a crítica feita por Edward Carr (1939) em sua obra ‘’Vinte anos de Crise’’ e posteriormente por Hans J. Morgenthau (1948) em ‘’A Política entre as Nações’’. Em oposição ao chamado Idealismo Wilsoniano1, Hans Joachim Morgenthau, considerado um dos maiores representantes do realismo clássico, determinou um modelo e um paradigma dominante na análise das Relações Internacionais. A análise do realismo está ligado a política externa, ou seja, nas relações entre os Estados e Morgenthau buscava explicar como seria a política norte-americana no período do pós-guerra, sendo marcado por queda de potências e novas tecnologias, mas negando a conquista da paz pelo idealismo de Wilson, afirmando que isso só seria possível pelo equilíbrio de poder pois o envolvimento da força estaria na relação entre as nações. O sistema internacional é constituído por Estados que se comportam anarquicamente, interessados fundamentalmente na sua segurança, o que os levaria a definir seu interesse nacional em termos de poder, o que implica que um incremento no poder de um Estado origina a diminuição do poder relativo do outro e dessa forma essa concepção vê a necessidade do uso da força.
Estruturada na busca pelo poder e tendo esta como sua motivação básica, no pensamento de Thomas Hobbes o Realismo determina que assim como as pessoas possuem um desejo de dominação umas sobre as outras, usando a razão e a realidade, os Estados também a fazem. Ou seja, o Realismo tem uma visão estadocêntrica, e segundo Edward Carr o poder seria o mecanismo de ação na política internacional. (CARR, Edward. Vinte Anos de Crise. Cap. VIII. 1919 – 1939)
Sendo assim, a política internacional é estruturada a partir das demandas políticas orientada por leis objetivas, se destacando no período pós Segunda Guerra Mundial. A demanda dos interesses nacionais possuem como centro a maximização do poder2. O Sistema Internacional,