A Teoria da Personalidade de Henry Alexander Murray (1893-1988)
Henry Alexander Murray, psicólogo norte-americano, nascido em 1893 e falecido em 1988, formou-se na Escola de Medicina e Cirurgia de Colúmbia em 1919, tendo-se doutorado em Bioquímica na Universidade de Cambridge, em Inglaterra, em 1927. Foi neste ano que contatou com a corrente psicanalítica, concretamente com Carl Jung, em Zurique. Regressa aos Estados Unidos da América, ocupando o lugar de professor de Psicologia na Universidade de Harvard, passando, em 1928, a dirigir a clínica psicológica dessa instituição. Aí, dedica-se, sobretudo ao estudo da personalidade, tendo publicado, em 1938, Exploration de la personalité. Nas suas pesquisas recorre a vários métodos: clínico, experimental, histórico e psicanalítico.
Foi um dos fundadores do Instituto de Psicanálise de Boston, tendo concluído uma formação que lhe permitiu praticar psicanálise. Orienta as suas investigações para o estudo da personalidade tendo desenvolvido, com Cristiana Morgan, o Teste de Apercepção Temática (TAT), teste de personalidade ainda muito utilizado nos nossos dias. O desenvolvimento das suas pesquisas sobre a personalidade levou-o ao estabelecimento de uma teoria que denominou personalogia.
A PERSONOLOGIA DE MURRAY
A Teoria da Personalidade de Murray assenta numa teoria chamada de personologia que, conforme o nome indica, quer dizer conhecimento da personalidade. Esta, por sua vez, parte de alguns postulados e nomeadamente daquele que nos diz que os comportamentos humanos estão relacionados uns com os outros de uma forma temporal através de seriações que desembocam na tentativa (pelo menos) da satisfação de dadas necessidades.
Logo, a personologia de Murray é de índole utilitarista, ou seja, finalista, ou seja, ainda “a personalidade é, de alguma forma, um meio para atingir a satisfação das necessidades (de dadas necessidades)" (sic.).
Certos ou errados, no plano epistemológico, os pressupostos de Murray serão sempre discutíveis e questão em aberto na medida em que, ao