O que é cidade
ESTUDOS SOCIAIS E AMBIENTAIS
DOCENTE: Aruane Garzedin
DISCENTE: João Caribé
FICHAMENTO I – O QUE É CIDADE
ROLNIK, Raquel. O que é cidade. São Paulo: Brasiliense, 1995.
Raquel Rolnik, nos conduz a uma análise crítica do que as cidades possuem de mais essencial e comum.
Sua abordagem primordial é que a cidade, antes de qualquer coisa, é um imã; toda cidade possui algo que a torna um centro que atrai, reúne e concentra pessoas. Para exemplificar essa afirmação, ela volta à Mesopotâmia, onde se tem os registros mais antigos de cidade e aponta os zigurates como os imãs responsáveis por agrupar e reunir pessoas naquele tempo e região.
Dando sequência a esse raciocínio Rolnik faz uma metáfora, comparando as cidades a um tipo de linguagem, palavras, frases; um meio através do qual o homem escreve e reescreve a sua história. De acordo com ela, o traçado das ruas, a forma como as casas, praças e templos são feitos, trazem consigo a experiência daqueles que os construíram e denotam o seu mundo, nos dando informações da cultura nesse local e de como ele se organizou em cada momento de sua história. Desse modo, “as formas e tipologias arquitetônicas (...) podem ser lidas e decifradas, como se lê e decifra um texto”.
Na cidade nunca se está só, nela se implica uma vida coletiva. Isso traz uma dimensão pública que necessita organização. É dessa necessidade que surge a autoridade político-administrativa. E é a partir desse ponto que Raquel Rolnik discute a cidade como espaço político.
Nas cidades gregas e romanas, este era um aspecto central da vida, o espaço público e a relação cidadão e poder político. Nas grandes metrópoles dos dias atuais, no entanto, esse aspecto “tornou-se menos visível, travestido em emissão eletrônica desprovida de dimensões espaciais”. Atrelado a isso, outro aspecto ofusca a dimensão política nessas cidades: o mercado.
“A imagem da cidade como centro de produção e consumo domina totalmente a