O que cidade
O que é cidade?
Para Raquel Rolnik, a cidade é uma referência, tal obra coletiva origina-se com o modo de vida sedentário interferindo na relação do homem com a natureza.
A autora trata a cidade como ímã que atrai, reúne e concentra os homens e também como escrita, como mercado e referências históricas como civitas e polis.
O espaço urbano significa essencialmente a predominância da cidade sobre o campo, caracterizando a urbanização como um movimento crescente de migração das zonas agrícolas.
Os primeiros templos eram locais de reunião dos grupos que simbolizavam a união, como um ímã. Para a construção das cidades serem viáveis era necessário um trabalho conjunto regulado com normas, comunicação e organização política. Historicamente, a escrita e a cidade ocorrem no mesmo período, ambos viabilizariam a fruição do trabalho coletivo
Junto à arquitetura urbana, a escrita compõe uma forma de memória da cidade, que pode ser lida ora no papel, ora nos desenhos, formas e tipologias que apresenta.
Historicamente, a realeza é a primeira forma de gestão, dotada de um poder centralizado e despótico com o escopo de conquista e defesa territorial. A cidadela é protegida por muralhas e seus moradores a mantêm em troca dessa proteção.
Para Raquel, a preservação da memória da cidade é a conservação do “texto”, mas representa a morte para ela.
A centralidade da cidade está ligada à concentração espacial, que pode ocorrer por exemplos nas praças, porem hoje não tão presente.
Pode-se observar o fenômeno da segregação espacial na cidade quando há diferentes partes da mesma cidade que apresentam características próprias com suas respectivas classes e funções.
A segregação urbana é sentida por demarcações imaginárias ou físicas em relação às classes ou funções ou mesmo atenção recebida por parte do governo.
No Brasil com o fim da escravidão e o aumento do trabalho livre,