PONTES EM CONCRETO PROTENDIDO
A Ponte Rio-Niterói é considerada a maior ponte em concreto protendido do hemisfério sul. A sua construção acrescentou várias inovações para o Brasil, inclusive o uso em larga escala de estruturas de concreto protendido.
O conceito inicial do projeto, em 1875, era viabilizar uma obra que ligasse as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, que eram separados pela Baía da Guanabara, em que o imperador Dom Pedro II contratou um engenheiro britânico para elaborar o projeto de um túnel submarino que não foi concretizado.
Em 1965, foi montada uma comissão executiva para cuidar do projeto definitivo de construção de uma ponte. Assim que o projeto foi terminado em 1968 as obras começaram para a construção da ponte e sua inauguração foi no ano de 1974.
A Ponte Rio-Niterói possui 13,29 quilômetros de extensão, em que 8,83 quilômetros ficam sobre as águas e seu ponto mais alto está a 72 metros em relação ao nível do mar. Possuindo três vãos centrais, que medem 200, 300 e 200 metros e nesses vãos as estruturas assentadas sobre as colunas de concreto protendido são metálicas. Também possui 2150 km de cabos no interior de sua estrutura e suas fundações submersas são cravadas na rocha do fundo da Baía da Guanabara.
O uso de inovações construtivas é uma das marcas dessa ponte, onde o uso em larga escala do concreto protendido foi testado pela primeira vez no mundo. A ponte Rio-Niterói conta com 950 mil m³ de estruturas de concreto protendido e 150 mil m³ desse tipo de material estão submersos. Como o material fica submerso na Baía da Guanabara, obtendo um meio muito agressivo, foi dada a solução do uso do protendido, que é mais resistente às reações álcali-agregados no concreto.
Portanto, o concreto protendido foi escolhido para a Ponte Rio-Niterói para atender a necessidade do uso de grandes vãos e também pelo seu alto desempenho como material, sendo resistente a compressão e tração.
Bibliografia:
Concreto Protendido: o aliado da arquitetura e da produtividade.