Disturbios alimentares
São doenças psiquiátricas que se caracterizam, fundamentalmente por alterações significativas do comportamento alimentar.
Ocorrem principalmente nos países mais desenvolvidos e uma incidência menor nos países menos desenvolvidos. Afeta, sobretudo as mulheres jovens.
As influências dos distúrbios alimentares podem ser psicológicas, biológicas, familiares ou socioculturais.
Fatores biológicos: alterações nos neurotransmissores moduladores da fome e da saciedade como a noradrenalina, serotonina, colecistoquinina e diferentes neuropeptídios têm sido postuladas como predisponentes para os transtornos alimentares. Existem dúvidas se tais alterações acontecem primariamente ou são decorrentes do quadro.
Fatores socioculturais: a obsessão em ter um corpo magro e perfeito é reforçada no dia-a-dia da sociedade ocidental. A valorização de atrizes e modelos, geralmente abaixo do peso, em oposição ao escárnio sofrido pelos obesos, é um exemplo disso.
Fatores familiares: dificuldades de comunicação entre os membros da família, interações tempestuosas e conflitantes podem ser consideradas mantenedoras dos transtornos alimentares.
Fatores psicológicos: algumas alterações características como baixa autoestima, rigidez no comportamento, distorções cognitivas, necessidade de manter controle completo sobre sua vida, falta de confiança podem anteceder o desenvolvimento do quadro clínico.
Comer compulsivo
É um dos transtornos alimentares que se assemelha à bulimia, pois se caracteriza por episódios de ingestão exagerada e compulsiva de alimentos e, no entanto, difere da bulimia, pois as pessoas afetadas não produzem a eliminação forçada dos alimentos ingeridos (tomar laxantes e/ou provocar vômitos).
Pessoas com esse transtorno sentem que perdem o controle quando comem. Ingerem grandes quantidades de alimentos e não param enquanto não se sentem "empanturradas".
Geralmente apresentam dificuldades em emagrecer ou manter o